sábado, 18 de outubro de 2014

OUTUBRO ROSA?

UMA REALIDADE DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NO BRASIL




Me chamo Sandra Karla Ramos Sufiatti, sou cursista em Gestão em Políticas Públicas e uma das idealizadoras deste blog, neste momento venho usar meu teclado como forma de alerta para a população e gestores públicos.
No início do ano de 2014 identifiquei em um de meus seios um pequeno caroço, após o susto, marquei uma consulta em uma instituição pública de meu município centrada no atendimento da mulher, pois não tenho plano de saúde. Após alguns dias fui atendida e a Dra fez os pedidos médicos. Até neste momento achei até rápido todo o procedimento, mal sabia que meus problemas ainda iriam começar.
Exames aqui em Linhares passam por uma terrível e demorada burocracia. Você segue com os pedidos médicos para o instituto que libera os exames eles te pedem todos os documentos devidos e mandam aguardar. Passados alguns dias, acredito que menos de mes me ligaram informando que minha mamografia tinha sido autorizada e  uma ultra som endovaginal para acompanhamento de um mioma que tenho. Meu martírio ainda iria começar.
Fiz a mamografia, detectou-se um nódulo na mama direita, levei para a ginecologista no posto de saúde e a mesma me pediu uma ultra som da mama.
Pois bem estava agora com duas ultra-som para marcar.
Fui novamente em busca de resolver o problema, a demora para a autorização já foi maior cerca de um mes, o problema foi a demora para conseguir marcar para fazer a ultra som, fiquei aproximadamente  de 6 a 8  meses para conseguir fazer a ultrasonografia endovaginal, e a da mama só consegui marcar para novembro. Como não dispunha mais deste tempo, resolvi procurar onde fazer particular e pagar para ter o exame em mãos.
A política pública que o governo se gaba tanto em propagar referente a rapidez em procurar um atendimento médico ao detectar o nódulo esbarra na burocracia pública no momento em que estamos buscando os caminhos exigidos para que os médicos te dêem um diagnóstico seguro.
Penso que se vai pedir uma mamografia e esta não está vendo com tanta nitidez porque não pede junto a esta a "bendita" da ultra som?  Pois na minha mamografia descobriu-se um nódulo apenas e com a ultrassom descobrimos 4. Veja que diferença gritante.
A burocracia que encontramos pelo governo para realizar exames de alta-complexidade é absurda.
Há seis meses atrás quebrei o pé e tive rompimento dos ligamentos, o médico me pediu uma ressonância magnética que até hoje não foi liberada pelo SUS do meu município. Minha filha aguarda desde abril uma consulta com um otorrinolaringologista pois já foi diagnosticada com Amigdalite Grave e o caso dela é só uma cirurgia pra resolver, desde abril, até hoje estamos aguardando tal consulta. Não adianta eu pagar uma consulta particular já sabendo que o caso dela é cirúrgico, eu não tenho condições de pagar uma cirurgia dessas. E assim ficamos reféns da burocracia pública no meu município e em muitos outros neste Brasil afora.
Então volto a perguntar será mesmo que o outubro é Rosa?
E os janeiros, fevereiros, marços e os demais meses em que corremos atrás de soluções para nossas mazelas e a rede pública de saúde parece que simplesmente engaveta nossos pedidos. Que esquecem dos tantos Joãos, das Marias, das Sandras, das Karlas que necessitam da rede pública para seus tratamentos.
Penso que identificar um mês como marco para o alerta nacional sobre o câncer de mama é muito válido a partir do momento que a rede pública se torne capaz de receber a população que procura assistência não apenas no mês de outubro, mas no decorrer dos 365 dias do ano.
E agora o detalhe importante, só consegui consulta para o mastologista para dezembro pois como na ultra-sonografia a demanda é muito grande e existem poucos profissionais que atendem pelo Sistema. Passarei então mais um longo mês a espera da avaliação do profissional sobre os 4 nódulos encontrados.
E volto a perguntar ao poder público sobre os demais casos supracitados, e a ressonância? e a consulta da minha filha? E a cirurgia que ela necessita fazer? Tudo isso não faz parte de uma assistência pública que nossos governantes deveriam estar lutando para mudar, não falando de pesquisas, de dados, mas de realidade, de seres humanos, de crianças, de gente que se encontra sem saber mais que caminhos percorrer.
O que fazer no momento que o filho está queimando de febre e chega-se no hospital e não se encontra pediatra?
O que fazer com os pedidos de consultas, de exames, de cirurgias que se acumulam e não obtemos respostas?
E o outubro é rosa...

Por SANDRA KARLA RAMOS SUFIATTI 18/10/2014

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Fé em Deus e pé na estrada

DE ACORDO COM REPORTAGEM DO SITE GENTE QUE EDUCA ( REVISTA NOVA ESCOLA) PROFESSOR PODE TRABALHAR O TEMA RELACIONADO À DIVERSIDADES RELIGIOSAS DO BRASIL ATRAVÉS DAS SEGUINTES TÉCNICAS: 

“Fé em Deus e pé na estrada!”
Analise com a turma as peregrinações religiosas e as estratégias usadas pelas religiões para atrair fiéis: http://abr.ai/1wBFRyz
Material necessário 
SEGUE DESENVOLVIMENTO DA ABORDAGEM

1ª etapa 
Introdução
A reportagem  "O Peregrino Chique” (VEJA 2235, 15 de outubro de 2014) mostra a que mais devotos da classe A e B agora fazem parte do perfil dos romeiros do Santuário de Aparecida. Além disso, Aparecida continua a atrair um público fiel das outras classes sociais. Em outros lugares santos do mundo, milhares de fiéis são atraídos todos os dias. Mostre aos estudantes que o poder de sedução dos santuários está presente em todas as religiões, sejam pagãs ou monoteístas.
 
Atividades
Destaque, na Antiguidade, o papel exercido pelos santuários-oráculos, locais de cura e de comunicação direta ou indireta com as divindades. Em alguns deles, os devotos dormiam no interior do templo e recebiam mensagens por meio de sonhos; em outros, as informações eram transmitidas por sacerdotes ou pessoas em transe. O mais conhecido na Grécia era o de Apolo, em Delfos -, porém Zeus, Atena e outros deuses também encaminhavam mensagens aos seguidores. Aprofunde as pesquisas sobre os santuários de Delfos e de Dódona, dedicado a Zeus, o segundo mais importante dos oráculos gregos.

Examine a seguir três locais enfocados no texto de VEJA: Jerusalém, Roma e Santiago de Compostela. Ensine que, na Idade Média, as visitas a esses lugares valiam indulgências ao fiel, reduzindo sua permanência no purgatório. Lembre que Jerusalém era centro de peregrinações desde os tempos do rei Davi, um milênio antes da era cristã. Por sua vez, os devotos que se dirigiam a Roma, onde estariam situados os túmulos de São Pedro e São Paulo, recebiam a designação especial de "romeiros". E Santiago de Compostela tornou-se centro de peregrinações no século IX, reforçando a unidade dos cristãos ibéricos que lutavam contra os muçulmanos. Pergunte se a atração dos santuários, fenômeno religioso-cultural, também apresenta uma dimensão política. É possível relacionar o incentivo a essas visitas com os projetos de governantes e da própria Igreja Católica?
2ª etapa 
A revista menciona a Virgem Negra de Czestochowa, na Polônia. Conte que essas representações também existem em outros países, sendo associadas por alguns estudiosos a antiqüíssimas deusas da fertilidade. Informe que a morena Virgem de Guadalupe, padroeira da América Latina, é identificada a Tonantsin, a deusa Terra dos astecas. E a imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, pode ser considerada uma Virgem Negra.

Para terminar, organize a montagem de dois painéis. O primeiro deve conter representações de virgens negras encontradas em diversas culturas. O segundo, imagens de centros de peregrinação brasileiros como o Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em Aparecida do Norte (SP); Nossa Senhora de Nazaré, em Belém; e Juazeiro do Norte (CE), núcleo da devoção dos fiéis do padre Cícero.

Fonte: http://www.gentequeeduca.org.br/planos-de-aula/fe-em-deus-e-pe-na-estrada

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

A ARTE DE LIDERAR

Fonte: Youtube

Carrefour faz manual sobre como tratar pessoas LGBT em lojas

Em material divulgado internamente, varejista mostra em exemplos práticos como sua equipe deve respeitar gays, lésbicas, transexuais e travestis


Luisa Melo de Exame

Carrefour: discriminação "não está em sintonia com os valores da empresa", diz manual

São Paulo - Em meio a uma onda de discussões a respeito da homofobia – levantadas, principalmente, depois de declarações do presidenciável Levy Fidelix (PRTB) – viralizou na internet um manual em que o Carrefour orienta seus funcionários a tratar com respeito as pessoas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).
"A discriminação e posturas intolerantes por parte de qualquer pessoa, seja colaborador, cliente ou qualquer público, não estão em sintonia com os valores da empresa", diz o texto. 
No material – que vai em direção completamente oposta ao que defendeu o candidato do PRTB – a rede varejistacomunica que travestis e transexuais "podem e devem" trabalhar ali e que seria contra os princípios do grupo "discriminar uma pessoa com base em orientação sexual ou identidade de gênero".
O manual informa, por exemplo, que pessoas do mesmo sexo podem se beijar em público como qualquer outro casal e que travestis e transexuais devem ser tratados pelo nome pelo qual se apresentam (e não o que está registrado no documento). 
Para o caso de essas pessoas serem colaboradores da companhia, o nome escolhido deve, inclusive, vir no crachá. "É uma questão de respeito e independe de decisão judicial ou cirurgia para mudança de sexo", diz o texto. 
De acordo com Paulo Pianez, diretor de responsabilidade social e sustentabilidade do Carrefour Brasil, o documento é divulgado internamente desde 2012 e faz parte do processo de "materializar" (ou seja: colocar em prática) a política de diversidade da empresa, que aborda não só a questão sexual, mas também racial, de gênero e estética.
Ele conta que o tema é um dos 10 princípios básicos do código de ética mundial da companhia, reformulado em 2010. "Há um manual mais teórico que diz o que é cada uma das diversidades e como abordá-las e também um material objetivo que traz exemplos de como tratar isso dentro das situações que acontecem nas lojas, que é esse que está sendo compartilhado na internet", explica.
Essa conscientização é feita através de treinamentos ministrados aos diretores, gerentes e coordenadores da rede. Estes últimos é que replicam os conceitos para todas as unidades do Carrefour.
"O manual funciona como um instrumento de gestão desses princípios no dia a dia da empresa. Temos mais de 65 mil funcionários e recebemos milhões de pessoas todos os meses. Essa é uma amostra fiel do que é a sociedade brasileira", afirma. 
Segundo Pianez, as cartilhas ficam disponíveis nas lojas da companhia para serem consultadas quando necessário, mas o objetivo é conseguir que esses valores "façam parte do modelo mental de todas as pessoas dentro do Carrefour para que a tolerância seja praticada".
Na opinião do diretor, o manual ter vindo à tona justo em um momento em que a homofobia é amplamente discutida no país "só reforça a necessidade de o Brasil estar mais atento e ter políticas concretas em relação ao assunto". 
"Durante muito tempo esse tema foi tratado como tabu, mas agora ele tem que ser encarado de frente. [As pessoas LGBT] são profissionais excepcionais e não podem ser tratadas de forma diferente por conta de uma coisa que faz parte da vida delas", disse.
O Carrefour também faz parte de um fórum que reúne cerca de 70 empresas para a promoção dos direitos LGBT, promovido pelo Instituto Ethos.

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Fonte: http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/carrefour-faz-manual-sobre-como-tratar-pessoas-lgbt-em-lojas

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Violência contra a mulher será tema de samba-enredo da Mangueira

outubro 13, 2014 16:28



Em parceria com a ONU, a escola promove o Ano das Mulheres na Mangueira, que conta com campanhas educativas e ações sociais na comunidade
Por Redação
No próximo ano, a Estação Primeira de Mangueira levará para a Marquês de Sapucaí os direitos das mulheres e a busca pela igualdade de gênero. O anúncio oficial foi feito no sábado (11), no Rio de Janeiro, como parte de uma parceria entre a escola de samba e a ONU Mulheres. A união será um reforço a mais para a campanha das Nações Unidas “O Valente Não é Violento”, criada para incentivar homens e meninos a apoiarem o fim da violência doméstica.
Com enredo destinado às mulheres, a Mangueira quer incentivar um futuro sem discriminações de gênero. A ideia da ação é valorizar e promover um resgate de figuras históricas, como Teresa de Benghela, Dandara, Tia Ciata, Xica da Silva, Mãe Menininha Gantois, Chiquinha Gonzaga, Clara Nunes, Dalva de Oliveira, Elis Regina, Princesa Isabel, Imperatriz Leopoldina, Maria Quitéria e Maria Bonita.
O período de setembro de 2014 a setembro de 2015 marca o Ano das Mulheres na Mangueira, que conta com diversos projetos sociais temáticos na comunidade. A escola de samba é uma das mais tradicionais do Rio de Janeiro e já havia demonstrado pioneirismo e envolvimento com a causa quando, em 1928, se tornou a primeira agremiação a incluir mulheres na ala de compositores.



Veja também


Foto de capa: Divulgação

Fonte digital:http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/10/violencia-contra-mulher-sera-tema-de-samba-enredo-da-mangueira/

15 DE OUTUBRO DIA DO PROFESSOR



META 17 - PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

Valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas da Educação Básica, a fim de equiparar o rendimento médio dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do 6º ano da vigência deste PNE.

Professores devem ser tratados e valorizados como profissionais e não como abnegados que trabalham apenas por vocação. A diferença salarial entre professores e demais profissionais com mesmo nível de instrução é inaceitável. Enquanto salário e carreira não forem atraentes, o número de jovens dispostos a seguir a carreira do magistério continuará sendo baixo. Elevar os salários do magistério é opção mais política do que técnica. Implica em mudar prioridades e passar a enxergar a Educação como a principal fonte sustentável de desenvolvimento econômico e social de um país.


Fonte: http://www.observatoriodopne.org.br/metas-pne/17-valorizacao-professor

13 de OUTUBRO DIA INTERNACIONAL DO ESCRITOR




8 dicas para estimular seu filho a escrever

Como criar um ambiente favorável para despertar e ajudar seu filho a manter o gosto pela escrita

18/02/2013 18:00
Texto Luciana Fleury
Educar
Foto: Marcella Briotto
Foto: Os pais são os primeiros a terem a oportunidade de apresentar o universo da escrita aos filhos
Os pais são os primeiros a terem a oportunidade de apresentar o universo da escrita aos filhos
Para qualquer lugar que se olhe é possível perceber: vivemos em um mundo letrado. Nomes de lojas, indicações no trânsito, anúncios, destinos de ônibus, embalagens de produtos, na caixa do brinquedo, no videogame, as letras estão por toda a parte, dentro e fora de casa. E por isso, o contato das crianças com a escrita acontece muito antes de isso ser trabalhado formalmente na escola.

São os pais, portanto, os primeiros a terem a oportunidade de apresentar esse maravilhoso universo a seus filhos e ajudar a tornar a escrita, mais do que algo prático, em um prazer. Não se trata, no entanto, de assumir a missão de ensinar o filho a escrever. Apenas criar (e manter) uma boa base para o trabalho que a escola fará depois.

"Tão importante quanto um ambiente que seja favorável e estimule a curiosidade é o respeito ao ritmo da criança. Não é saudável a ansiedade em ver o filho escrevendo precocemente, pois isso gera uma pressão que poderá levar a um desinteresse mais para frente", comenta Sonia Maria Sellin Bordin, fonoaudióloga doutorada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Mesmo após o período de alfabetização, há muito o que fazer em casa. "É preciso trazer a escrita para a rotina e envolver a criança em situações nas quais ela é utilizada", defende Silmara Carina Munhoz, doutora em psicologia e professora da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília).

As duas especialistas apresentam dicas de como despertar e ajudar seu filho a manter o gosto pela escrita.
Para ler, clique nos itens abaixo:
1. Repensar a própria relação com a escrita
2. Saber que tudo começa com a leitura
3. Criar um ambiente no qual regras são seguidas
4. Usar a escrita rotineiramente
5. Promover jogos e atividades com escrita
6. Valorizar a produção
7. Preocupar-se com a caligrafia na medida certa
8. Não abandonar o processo

Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/8-dicas-filho-escrever-679120.shtml?utm_source=redesabril_educar&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_educar

sábado, 11 de outubro de 2014

MALALA DEDICA O NOBEL DA PAZ ÀS CRIANÇAS SEM VOZ

Outubro 11, 2014


Ela é a primeira paquistanesa e a pessoa mais jovem a ganhar o prêmio, que dividiu com o ativista indiano Kailash Satyarthi
Por Redação
A adolescente paquistanesa Malala Yousafzai, de 17 anos, foi anunciada como uma das ganhadoras do Prêmio Nobel da Paz, ao lado do indiano Kailash Satyarthi, que organiza numerosos protestos pacíficos contra o trabalho infantil. Nesta sexta-feira (10), em uma coletiva de imprensa em Birmingham, na Inglaterra, Malala declarou estar honrada por ser a primeira paquistanesa e a pessoa mais jovem a ganhar o prêmio e o dedicou às crianças que não têm voz na sociedade.
Ela virou um símbolo da luta das meninas à educação em seu país, após sobreviver a uma tentativa de assassinato por integrantes do grupo Talibã. Recentemente, recebeu diversos prêmios, como o respeitado Sakharov para a Liberdade de Pensamento, do Parlamento Europeu. A adolescente também convidou os primeiros-ministros do Paquistão e Índia, dois países com relações tensas, a assistirem à entrega do Nobel da Paz. A cerimônia será realizada na Noruega no dia 10 de dezembro.
Foto de capa: Reprodução/YouTube



fonte digital:  http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/10/malala-dedica-o-nobel-da-paz-criancas-sem-voz/
https://www.youtube.com/watch?v=cEW8r3bP9a8

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

DIVERSIDADE


QUEM SOU EU?



Fonte digital: http://www.youtube.com/watch?v=dwGrIUGKi8U

INFÂNCIA E DIVERSIDADE: UM ESTUDO SOBRE SIGNIFICAÇÕES DE GÊNERO NO BRINCAR

Renata F. Fernandes Gomes e Beatriz Belluzzo B. Cunha



As principais instituições responsáveis pelo cuidado e educação das crianças, atualmente, em nossa sociedade, ainda são a família e a escola – invenções da modernidade – mesmo considerando as modificações que estas vieram a sofrer ao longo do tempo. Mais recentemente, ressaltamos a importância das instituições de educação infantil, creches e pré-escolas, no atendimento à primeira infância. No entanto, segundo a perspectiva dos estudos culturais, a educação não se restringe às esferas familiar e escolar. Ela se dá em muitos e diversos contextos, nos quais o conhecimento é socialmente produzido. Cinemas, teatros, igrejas, shoppings, clubes, parques e a mídia em geral fazem circular concepções do mundo que partilhamos.

Nesse sentido, a brinquedoteca é compreendida como um espaço coletivo infantil que possibilita a apropriação e a criação de conhecimentos por meio do brincar, no qual brinquedos e brincadeiras são concebidos como artefatos culturais que ofertam significações da realidade que nos cerca. Além de um contexto de aprendizagens, efetivas e afetivas, nesta pesquisa, a brinquedoteca também se revelou, como um lugar para a expressão livre e espontânea de sentimentos, emoções, atitudes e valores infantis.

Todos os contextos educativos, por sua vez, constituem-se enquanto espaços engendrados, pois buscam formar, definir e produzir sujeitos por meio de práticas discursivas e não discursivas que reproduzem e sustentam as hierarquias de gênero segundo a lógica binária homem/masculino versus mulher/feminino. Estas instituições não somente expressam as distinções de gênero, elas as instituem na medida em que gestos, condutas, símbolos e palavras produzidos nestes ambientes vão sendo aprendidos e incorporados, incessantemente, por meninos e meninas, “tornando-se parte de seus corpos” (LOURO, 2001, p. 61). Paradoxalmente, “é indispensável que reconheçamos que a escola ?os contextos educacionais? não apenas reproduz?em? ou reflete?m? as concepções de gênero que circulam na sociedade, mas que ela própria ?eles próprios? as produz?em?” (LOURO, 2001, p. 80-81), pois os significados estão em fluxo, podendo ser assimilados, apropriados, confirmados, negados, criados e transformados nas relações sociais.

Este trabalho buscou demonstrar o papel das crianças na construção social das relações de gênero na infância, mediante abordagens teóricas que as consideram como atores sociais – sociologia da infância, novos estudos da infância e a psicologia sócio-histórica – no processo de produção/reprodução dos valores culturais referentes à categoria de gênero. Segundo estas perspectivas, elas são vistas como agentes ativos nos processos de socialização que podem e devem contribuir nas análises da dinâmica social.

A capacidade ativa das crianças foi verificada nos diversos momentos lúdicos propiciados pelo brincar. Nestes momentos, elas expressavam suas opiniões a respeito do masculino e do feminino, problematizando as representações engendradas pela cultura adulta ao introduzir novas dimensões interpretativas às questões suscitadas nas relações com os pares. Nesse sentido, o brincar se evidenciou como um meio privilegiado que permite às crianças transcender as fronteiras delimitadas pela estruturação binária.

No entanto, percebemos nos discursos das educadoras e, até mesmo naqueles de algumas crianças, uma tentativa de definição das manifestações – subversivas – que não correspondem à normatização do gênero imposta por nossa sociedade. Por exemplo, interpretar o brincar de boneca de alguns meninos como uma possível tendência gay, aprisionando o sujeito dentro de um modelo identitário que se pretende estável, coerente e fixo, mesmo que divergente.

Suely Rolnik (1996) afirma que quando processos de singularização dos modos de subjetivação irrompem em cena, perturbando as configurações identitárias tidas como permanentes, estabelecidas e harmônicas, dificilmente eles encontram meios para sua existencialização na contemporaneidade. O que se observa é um esforço no sentido de perpetuação da homogeneização das identidades de gênero conforme a lógica de representação binária. Segundo a autora, esta intolerância com relação ao engendramento de diferenças exige uma modificação na política de subjetivação que está em vigor.

Os estudos feministas, numa abordagem pós-estruturalista, visam romper com estas perspectivas essencialistas, universais e inexoráveis. Segundo estes, as identidades são configurações abertas e provisórias do eu, estão continuamente se constituindo e se transformando, sendo o sujeito ativo nesse processo. Desta forma, esta postura teórica permite olhar o brincar destas crianças como expressão da diferença e da singularidade em que os gêneros podem se configurar.

Ao buscar desconstruir o pensamento dicotômico que as oposições binárias sugerem, os estudos feministas, numa abordagem pós-estruturalista, atentam para o caráter histórico da construção destas oposições e os interesses que permeiam, na medida em que se apresentam hierarquizadas. Pensar as relações entre homens e mulheres, meninos e meninas, dentro dessa lógica, restringem as possibilidades de viver/sentir/experienciar expressões da masculinidade e da feminilidade ao longo de nossa existência.

Desta forma, acreditamos que perspectivas teóricas críticas podem subsidiar as práticas educativas existentes nos contextos de atendimento à infância, no sentido de superação de três concepções correntes: as que sugerem a criança como incapaz, carente, imatura, etc; aquelas que definem o desenvolvimento infantil como algo linear, progressivo e ascendente; e as que consideram as manifestações lúdicas singulares caracterizadas como inadequadas, desvios de conduta e/ou anormalidades. É urgente a introdução de novas formas de pensamento em instituições de educação infantil que possibilitem a aceitação e a inclusão da heterogeneidade, da multiplicidade e da diversidade.

Meninos e meninas participaram ativamente no processo de construção desta pesquisa enquanto co-autores. Suas falas são legítimas e seus saberes reconhecidos por sua condição de sujeito/criança. Ao longo deste trabalho, eles/as nos ensinaram sobre prazer, ludicidade, solidariedade, cumplicidade, dor, sofrimento, amizade, enfim, sobre relações humanas. Aventurar-se pelo universo infantil é deparar-se com o inesperado, o inusitado, o improvável e, até mesmo, com o ininteligível, porém, é justamente isto que enriquece a condição humana, que nos faz vislumbrar “a invenção de novas possibilidades de vida como obra de arte” (DELEUZE, 1992, p. 120).
 
REFERÊNCIAS
DELEUZE, G. Conversações. Tradução de Peter Pál Pelbar. Rio de Janeiro: Editora 34, 1992.
LOURO, G. L. Gênero, educação e sexualidade. Uma perspectiva pós-estruturalista. 4 ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
ROLNIK, S. Guerra dos gêneros & guerra aos gêneros. Núcleo de Estudos e Pesquisas da Subjetividade da Pós-Graduação de Psicologia Clínica, PUC/SP, 1996. (mimeo)


Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado 
http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/4122/infancia-e-diversidade-um-estudo-sobre-significacoes-de-genero-no-brincar#ixzz3FmvdUxui

Brasil de 1500 a 2014


1500





Relações de Gênero, Grupos Sociais e Relações de Convívio 

2014

SAIBAMOS RESPEITAR AS DIFERENÇAS
GPP-GR
UFES

Fontes: https://www.youtube.com/watch?v=azqE1-YDMOo
             https://img2.blogblog.com/img/video_object.png
             https://img2.blogblog.com/img/video_object.png


quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Mais Educação: Karatê, capoeira e teatro são algumas das atividades praticadas por alunos da escola EMEF "ROBERTO CALMON" DE LINHARES


Projeto Mais Educação: Mais informação, cultura, aprendizado e cidadania é o que trabalham as oficinas do projeto.

A 1ª Mostra Cultural da EMEF " Roberto Calmon" trouxe apresentações de karatê, capoeira, teatro e contação de histórias aos alunos. Todas de oficinas do Mais Educação.

Por Tiago Cau | 08/10/2014 ]


Os alunos que participam do programa Mais Educação ficam em tempo integral na escola.

MAIS EDUCAÇÃO EMEF ROBERTO CALMONNa tarde da última segunda-feira (06), os alunos que participam do programa Mais Educação na EMEF Roberto Calmon, no bairro Aviso, realizaram a 1ª Mostra Cultural com apresentações de karatê, capoeira, teatro e contação de histórias. O evento teve como objetivo exibir os trabalhos realizados pelas 100 crianças que participam das oficinas oferecidas por meio da educação integral e que já tem mudado a realidade na escola e na comunidade.

Escola é lugar de informação, cultura, aprendizado e cidadania. Essa é a base do processo educacional e tem sido trabalhada pela oficinas do Mais Educação. De acordo com o coordenador das oficinas, Danilo Souza Silva, as atividades realizadas com os alunos têm sido efetivas e já é possível perceber várias mudanças.

"Nossos alunos interagem e socializam bastante com as oficinas que oferecemos, e elas têm colaborado para disciplina e relacionamento entre eles e com os professores. Nossas atividades também trabalham com cognitivo, porque nosso objetivo principal é melhorar o desempenho da escola em todos os âmbitos", contou Danilo.

As oficinas oferecidas pelo Mais Educação na EMEF Roberto Calmon são: karatê, hip hop e dança, capoeira, atletismo, vôlei, futebol e oficina de estudo e leitura. Essas atividades têm feito diferença na vida das crianças da comunidade que estudam na escola. Segundo Vinicius Sereno Amorin, aluno em tempo integral, o tempo que ele ficava na rua agora é melhor utilizado para atividades diversas.

"Antes do Mais Educação eu ficava muito na rua. Aí o professor Danilo me falou das oficinas e eu comecei a participar. Agora eu não deixo de participar de nenhuma e não fico mais na rua", contou o aluno. 

Mais Educação 

O projeto Mais Educação, do Ministério da Educação (MEC), constitui-se como estratégia do Ministério da Educação para induzir a ampliação da jornada escolar e a organização curricular na perspectiva da Educação Integral. As escolas das redes públicas de ensino estadual, municipal e do Distrito Federal fazem a adesão ao programa e, de acordo com o projeto educativo em curso, optam por desenvolver atividades nos macrocampos de acompanhamento pedagógico; educação ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza e educação econômica.


Informações para a imprensa: 
Tiago Cau | tiago.marques@linhares.es.gov.br
Secom 3372 1853 | 9 9736 1600 
FONTE DIGITAL: http://www.linhares.es.gov.br/Noticias/Noticias.aspx?id=5217#sthash.h0zz21rf.dpuf

#MenosÓdioMaisNordeste: Internautas dão resposta contra o preconceito

A hashtag virou o assunto mais comentado mundialmente no Twitter e contou com a adesão da presidenta Dilma Rousseff
Por Redação
Após a vitória de Dilma Rousseff (PT) no primeiro turno das eleições no último domingo (5), começaram a surgir diversas manifestações preconceituosas contra nordestinos. A candidata à reeleição venceu Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) no Norte e Nordeste do País.
O resultado despertou o ódio e o tumblr Esses Nordestinos reuniu as postagens vindas, principalmente, de eleitores tucanos. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi um dos que plantou o ódio, com a declaração de que o PT cresce nos “grotões do país” onde estariam os “mal informados”.
Contra o ódio e o preconceito, a resposta da rede foi rápida e ontem (7) um tuitaço levou a hashtag #MenosÓdioMaisNordeste aos assuntos mais comentados no Twitter, ficando na primeira colocação no Brasil e chegando em segundo lugar mundialmente.
Até o fechamento desta matéria, 24 horas depois do tuitaço, a tag continua entre os principais assuntos do momento.
A presidente Dilma Rousseff aderiu ao movimento. “Foi de um nordestino que recebi um Brasil menos desigual. Lula MUDOU o país pra melhor! Espero que o povo do norte, nordeste, centro-oeste, sul e sudeste seja igualmente respeitado. Fico feliz que aqueles que me conhecem, que acompanharam as conquistas do meu governo, tenham votado em mim”, disse a petista em três tuítes.
O deputado federal reeleito pelo Rio de Janeiro Jean Wyllys (PSOL) também deu o seu recado: “O Nordeste está no Rio, o Nordeste está no Centro-Oeste, o Nordeste está em todo o país!
http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/10/menosodiomaisnordeste-internautas-dao-resposta-contra-o-preconceito/
tuitaco menosodiomaisnordeste
tuitaco menosodiomaisnordestebrasil







FONTE DIGITAL: http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/10/menosodiomaisnordeste-internautas-dao-resposta-contra-o-preconceito/


SalaSocial: Internautas pedem 'menos ódio, mais Nordeste'


No último dia 5 de outubro, assim que a apuração de votos das eleições começou nas regiões Norte e Nordeste, surgiram nas redes sociais diversos comentários preconceituosos tendo como alvo nordestinos, associando-os ao bom desempenho de Dilma Rousseff (PT) na região e à performance mais tímida do rival, Aécio Neves (PSDB), nas mesmas regiões.
A hashtag #MenosODIOmaisNordeste, uma resposta às manifestações de preconceito, se tornou nesta terça-feira um dos dez trending topics no Twitter brasileiro.
Pelas redes sociais, muitos acusaram a hashtag de ser manipuladora e de estar sendo impulsionada por militantes do PT.
Mas ela chegou a ocupar a lista mundial dos dez temas mais tuitados na rede social, tendo sido mencionada mais de 41 mil vezes - chegando a ser tuitada 153 vezes por minuto.
Confira as discussões que o tema despertou na nossa página de Facebook.
Lembranças de 2010
De toda forma, os comentários voltados contra nordestinos feitos após o fechamento das urnas lembraram o que ocorreu em 2010, logo após a eleição de Dilma Rousseff (PT) à Presidência, quando a frase "Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado" rodou o mundo.
O discurso de ódio, publicado no Twitter por uma estudante de direito, rendeu à jovem um ano e cinco meses de prisão - pena convertida em multa e serviços comunitários.
Mas, desta vez, muitos nordestinos, também pelas redes sociais, decidiram dar o troco - muitas vezes também recorrendo a comentários preconceituosos, aproveitando os resultados nas urnas no Sudeste para atacar eleitores da região - paulistas, principalmente.
"Eu tô vendo que vai todo mundo morrer em grande estilo lá em são paulo (jogados na sarjeta)", escreveu um eleitor. "São Paulo elegendo Russomanno, Tiririca e Feliciano. Bora insultar os paulistas?", tuitou outro. "Povo burro, ainda irão morrer de sede e fome: paulistas", postou uma terceira.
No outro extremo, comentários preconceituosos alvejando nordestinos renderam a criação de um Tumblr: Esses Nordestinos....
A página mapeia frases como "Médicos do Nordeste, causem um holocausto por aí. Temos que mudar essa realidade" e "A prova de que nordestino é vagabundo é quando entraram em pânico com o boato de que o bolsa família ia acabar, hahaha, escórias", todas postadas em redes sociais.
Em contrapartida, também foi criado uma outra conta de Tumblr, oEsses Paulistas que compila comentários ofensivos contra paulistas, como "Eu só consigo agradecer por o Nordeste ser gigante, porque os paulistas são uns idiotas" ou "Esses paulistas tem que morrer de sede mesmo".

Lula x FHC

A polarização se reflete em frases recentes dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PT), mentores máximos dos respectivos partidos.
Na última segunda-feira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que o desempenho do PT se deve ao partido estar "fincado nos menos informados" e que a legenda estaria caminhando para os "grotões" do país.
Em nota enviada à BBC Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ser "um absurdo que o Nordeste e os nordestinos sejam caracterizados como ignorantes ou desinformados por seus votos."
Os posicionamentos reforçaram comentários críticos - e mais agressivos. Simpatizantes do PSDB, em geral, atacam beneficiários do programa Bolsa Família, distribuídos majoritariamente nas regiões Norte e Nordeste. Em suas críticas, dizem que o programa "paga vagabundos em troca de votos".
Já eleitores que simpatizam com o PT têm como alvo a reeleição de Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo. Os paulistas enfrentam a pior crise hídrica da história - o principal sistema de abastecimento do Estado têm nível inferior a 5% - e os críticos culpabilizam "20 anos de omissão em governos sucessivos do PSDB".
FONTE DIGITAL: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/10/141006_eleicoes2014_salasocial_polarizacao_preconceito_rs